terça-feira, 14 de maio de 2013

Doença do Colágeno Indiferenciada

A doença do colágeno indiferenciada é uma doença reumática autoimune. Ela é chamada de indiferenciada porque apresenta um conjunto de sintomas e fatores que não se encaixa em nenhum tipo de colagenose bem definida. Em geral a pessoa que apresenta colagenose indiferenciada não possui anticorpos para doenças do colágeno bem conhecidas, como lúpus, behcet, vasculite, artrite reumatoide, etc. Normalmente esses pacientes apresentam FAN positivo (em geral em taxas insignificantes) e sintomas variados como dores articulares, problemas visuais (como uveites), muitas afitas e infecção de garganta quando crianças. Em casos crônicos ou em uma crise podem apresentar doenças aparentemente comuns, porém na forma autoimune, como: hepatite autoimune, pneumonia autoimune, microcolite, refluxo. A doença do colágeno indiferenciada deve ser tratada (por um reumatologista) pois qualquer órgão do paciente pode sofrer danos graves, incluindo rins, fígado, coração e sistema nervoso central. Normalmente ela evolui,, com o passar dos anos, para um tipo específico de colagenose, outro motivo pelo qual a doença deve ser tratada o mais cedo possível, pois é possível evitar que essa evolução aconteça. Outro fator importante é que cada crise da doença vem acompanhada de algum fator emocional, ou seja, situações de pressão, stress e fortes emoções podem desencadear uma crise. Portanto, cuidar do emocional é fundamental para quem tem doenças autoimunes.

Ciclofosfamida

A ciclofosfamida é um imunossupressor potente. Ela é um agente nitrogênico do grupo das oxazoforinas. É usada para tratar vários tipos de câncer e algumas desordens auto-imunes. É uma droga que é convertida no fígado em formas ativas que têm atividade quimoterapêutica. O uso principal de ciclofosfamida está junto com outros agentes de quimioterapia no tratamento de linfomas, algumas formas de leucemia e alguns tumores sólidos. É uma droga de quimioterapia que trabalha reduzindo a velocidade ou parando o crescimento da célula. Também trabalha diminuindo a resposta do sistema imune a várias doenças. Seu uso está ficando mais comum em doenças auto-imunes. Lúpus eritematoso sistêmico (SLE) com nefrite de lupus severa, por exemplo, pode responder a ciclofosfamida. Também é usada para tratar Doença de Mudança Mínima, doença do colágeno indiferenciada e artrites reumáticas. Os principais efeitos colaterais são: - Dor de cabeça - Náuseas - vômitos - Diarreia - Dores no corpo - Moleza - Gosto ruim na boca (é um gosto metálico e algumas pessoas o definem como gosto de metal com sabão (???). - Queda de cabelo, mas em raros casos deixa falhas na cabeça. Esses sintomas se iniciam um dias após a aplicação do medicamento e podem durar por até dez dias. É preciso tomar muito líquido para se livrar dos efeitos colaterais com maior rapidez e para não ter problemas com o fígado e rins, órgãos onde o medicamento é processado e secretado. É difícil tomar muito líquido por causa do gosto ruim na boca e por causa das náuseas, mas água gelada e sucos são mais fáceis de serem ingeridos. Produtos naturais a base de limão também podem ajudar (suco, picolé, etc.). Evite fazer dieta ou ficar muito tempo sem comer se tomar ciclofosfamida o ideal é comer porções menores mais vezes por dia em vez de poucas porções grandes. É preciso tomar muito cuidado quando se toma ciclofosfamida porque sua imunidade está sendo suprimida de forma que você se torna muito sucetível a infecções por vírus e bactérias. Então é preciso evitar aglomeração de pessoas e pergunte ao seu médico sobre a indicação de vacinas (como antigripal e pneumocócica) em alguns casos elas são recomendadas. Se você precisar tomar ciclofosfamida não se assuste o tratamento é difícil por causa dos efeitos colaterais, mas é suportável. Seja forte que tudo dará certo!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Uveite

Olá! Hoje quero falar um pouco sobre a uveite, uma doença que afeta a visão e que pode levar a cegueira. Eu era uma criança normal, ou seja, brincava, estudava... fazia tudo o que uma criança normal fazia. Até que quando estava com dez anos de idade fui fazer um teste de visão, de rotina, na escola onde estudava. Todas as crianças tinham que fazer, pois era uma iniciativa do governo do estado. Eu nunca havia feito um teste de visão antes. E para a minha surpresa, da professora que aplicou o teste e dos meus pais, eu fui muito mal no teste. Eu não conseguia enxergar além da primeira linha (as letras maiores do painel). Fui então encaminhada para um oftalmologista que me examinou e me encaminhou para um especialista em uveites. A uveíte é uma doença inflamatória que pode comprometer totalmente a úvea ou uma de suas partes (íris, corpo ciliar e coróide). Em alguns casos, a inflamação atinge também o nervo ótico e a retina. A uveíte é classificada em anterior, intermediária e posterior, conforme o segmento ocular em que o distúrbio se manifesta, e pode ocorrer num olho ou nos dois olhos. Eu fui diagnosticada com uveite intermediária crônica, além de catarata congênita (mas essa é uma história para outro post)e minha visão oscila entre 20/200 e 20/150 de acordo com o nível da inflamação,ou seja tenho baixa visão. O que uma pessoa normal consegue ver a 150 ou 200 m preciso estar a 20 para conseguir enxergar. Desde o diagnostico venho fazendo tratamento para controlar a inflamação. O grande problema é a causa da uveite, não se conhece a causa da maioria das uveites, algumas causas podem ser: infecção por vírus ou bactérias, toxoplasmose (congênita ou não), sífilis, citomegalovírus, leucemias, linfomas, além de doenças reumatológicas (artrite reumatoide, lúpus, síndrome de Sjogren, doença indiferenciada do colágeno, dentre outras). A causa da uveite no meu caso só foi descoberta quando eu estava com 35 anos e fui internada com uma pneumonia muito grave, mas isso é história para outro post!